quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"Faculdade é solução?" 2

E ai pessoal!
Gostaria de saber quem mais não recebeu convite para postar no blog.
Mandem um email que eu envio a autorização para aqueles que desejarem expressar alguma idéia, ok?

Lembram-se do texto "Faculdade é solução?", em que eu disse que o Brasil não precisa de tantos graduados com baixa qualidade? A solução de muitos problemas é o preenchimento das vagas técnicas que as empresas tanto precisam. Ouvi dizer que há empresas procurando torneiros-mecânicos (é isso mesmo, a antiga profissão do Lula!), e outras vagas que não são preenchidas pois não temos mão-de-obra qualificada.
Olhem um trecho que saiu na Folha desta quinta-feira:

"Porrada" não educa ninguém, afirma Lula

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a pedagogia da "porrada", em discurso no qual defendeu que o governo deve investir em serviços básicos e infra-estrutura para evitar que o crime organizado ocupe o lugar do Estado."Se porrada educasse as pessoas, bandido saía da cadeia santo. O que educa as pessoas são oportunidades, são gestos de solidariedade, é as pessoas acreditarem que amanhã terão oportunidades", disse Lula a cerca de 13 mil empregados da ThyssenKrupp CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), na zona oeste do Rio."Se o Estado não oferece [oportunidades], se as empresas não oferecem, se as prefeituras não oferecem, o crime organizado oferece, a bandidagem oferece. Então tem que ser uma disputa constante do Estado brasileiro fazendo aquilo que tem que fazer", declarou.Lula afirmou que voltará ao Rio na próxima semana e que visitará junto com o governador Sérgio Cabral comunidades como o Complexo do Alemão, Manguinhos e Rocinha onde serão implementadas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo ele, a intervenção não será uma ação policial, mas a realização de obras de infra-estrutura: o projeto prevê a construção de teleféricos e elevadores de transporte, bibliotecas, escolas, postos de saúde e asfaltamento.Como exemplo de que o governo federal investe em oportunidades, Lula afirmou que, até 2010, o país terá mais dez universidades federais, 48 extensões universitárias no interior e mais 214 escolas técnicas.(...)"

JANAINA LAGE
ANTÔNIO GOISDA
SUCURSAL DO RIO

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Shinnen Cup 2008 - uma experiência inesquecivel!


É pessoal! mais um campeonato se foi, mas dessa vez, para mim em especial foi diferente, e gostaria de compartilhar com todos.
Uma preparação intensa, onde eu via no mesmo dia, no mesmo sabado ensolarado ou chuvoso, Seniores, Guias e Pioneiros treinando para o Shinnen Cup. Indiretamente fomos criando uma relação de TIME com todos. Um vendo a motivação do outro, essa "coisa" ia contagiando, agitando, até que chegou o dia.

16 de fevereiro de 2008.
6:30 da manhã.

Estavamos na sede, nos preparando para ir ao Shinnen. Bandeira? OK! BAteria? OK! Então vamos!
Chegando la, os sentimentos iam se misturando, as emoções foram aumentando..

.

Desde o primeiro jogo do Falcão, o das Guias, até o ultimo, a Final dos Seniores, a bateira não parava, a torcida incentivava, todos estavamo por um bem: O FALCÃO SEMPRE UNIDO! Esse é o Espirito Falcão que eu sempre falava aos seniores.
Agora refletindo muito, vi que além de treino e motivação, a participação da torcida é FUNDAMENTAL!
Se os Pios, apesar de não passar da primeira fase, ganhou aquele ultimo jogo no coração; se as guias chegaram até a disputal de 3º e 4º lugar; se a Senior ficou com o vice-campeonato; podemos dizer que grande parte desses fatos foi o incentivo da torcida.

O que eu disse aos seniores, acho que serve para todos.

"Independente do resultado da Final, estamos todos de parabens. Pois treinamos e chegamos até aqui. Se nós perdemos será MERITO do Cooper, e nao DEMERITO nosso. Pois nós, fizemos o Melhor possivel para chegar até aqui"
E é isso mesmo. Foi Mérito do Honga e do Hokkaido nos Pios, e nós fizemos nossa parte.
Foi Mérito do Aguia nas guias. Lembrem que estavamos perdendo e fomos buscar o empate.

Em especial, queria pedir desculpa as guias, pois em alguns jogos os seniores não estavam la para incentivar, isso acontecia devido ao fato de nossos jogos serem muito proximos, portanto precisavamos nos concentrar antes dos jogos, mas sabemos que os piors e as pessoas que foram para torcer estavam la!

Um agradecimento em ESPECIAL: Leo, Bola, Shin, Caki, Pelas, Tammy, Patti. Muito obrigado por vocês terem ido. apesar de não jogarem, estavam la para torcer por nós!

Otro agradecimento ao Enio! chefe das guias e quebro nosso galho hein! Mas eu sei que você gostou! VALEW ENIO!!!

Bom acho que é isso!

SEMPRE ALERTA!
Vitor Itocazu

Se minha mãe souber...já era o MSN!

Dêem uma lida nessa reportagem que saiu na Folha:

Computador demais piora nota de alunos

Conclusão é de pesquisa da Unicamp que analisou dados de 287.719 estudantes que participaram do Saeb (exame federal)Resultado foi o mesmo em todas as séries e entre pobres e ricos; uma das hipóteses é de que o aluno diminua as horas de estudo
FÁBIO TAKAHASHIDA REPORTAGEM LOCAL RICARDO SANGIOVANNI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Piero Bonavita, 16, costumava ficar em frente ao computador seis horas por dia. Nas férias, chegava a 12. Em boa parte das vezes, a máquina era ligada para fazer pesquisas pedidas pela escola. Rapidamente, porém, seus colegas o chamavam para conversas on-line. "A lição ia para o espaço", conta o aluno do colégio São Luís, um dos mais conceituados de São Paulo. O excesso de horas no computador trouxe um resultado negativo. Suas notas caíram, principalmente em matemática e química (ambas nota 3,5). Com o susto, ele passou a ficar menos tempo na máquina, a partir da metade de 2007. A situação de Piero pode ilustrar uma pesquisa recém-concluída pela Unicamp, que mostrou que o uso intensivo do computador está diretamente ligado à queda das notas dos estudantes do ensino básico. A constatação foi válida para todas as séries analisadas (4ª e 8ª séries do fundamental e 3º ano do médio), tanto para alunos ricos quanto para pobres. A pesquisa analisou dados de 287.719 estudantes que participaram do Saeb (exame aplicado pelo governo federal) em 2001 -apesar da data, os autores dizem que dificilmente teria ocorrido uma mudança significativa do padrão desde então. Entre os alunos da 4ª série, de melhores condições financeiras, as menores médias em matemática (225.1) foram dos que disseram usar "sempre" o computador para suas lições - o estudante também responde a um questionário na prova. As maiores médias foram dos alunos que usam a máquina "raramente" (246.5). Mas até mesmo os que "nunca" o fazem tiveram nota melhor (237.1) do que os que usam intensamente. A mesma lógica foi verificada nas outras séries e nas outras camadas sociais. Segundo os autores da pesquisa, uma possível explicação é que os alunos que usam intensamente o computador dedicam menos horas aos estudos. Também pode contribuir o fato de os usuários intensivos do computador terem amplo domínio de ferramentas de correção ortográfica e cálculos. Assim, não se estimulariam na aprendizagem dessas áreas, ao menos no formato escolar. Colégio de São Paulo com as melhores notas no Enem (exame do ensino médio), o Vértice já detectou que o uso intenso do computador é um problema."Quando analisamos os casos dos estudantes que estão com um desempenho ruim, quase sempre vemos que isso está ligado ao excesso de computador", disse Adilson Garcia, diretor do colégio. "Muitos ficam sonolentos a aula inteira." Colega de Piero no São Luís, Alexandre Mesquita, 15, conta que desliga o MSN na hora de estudar. Aluno de boas notas, ele diz que usa o computador "para tudo", até jogar. "Mas tem que conciliar."

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Plano Infalível

Essa semana eu tive aula com um psicólogo, e não sei por quê a aula chegou no tema educação para crianças....
Segundo ele, as crianças começam a ser alfabetizadas com 5 anos...mas se podem chegar até 7 sem ler e escrever ainda...
Após essa idade, os pais e educadores espantam-se caso essas crianças não tenham aprendido..."será que é retardado?" ou "é burrinho mesmo...puxou o pai...". Mas segundo este professor, este filhote de gente tem algum bloqueio no aprendizado, normalmente causado por problemas em casa.
A prefeitura de SP iniciou um projeto que leva médicos (oftalmos, dentistas etc) para dentro das escolas, pois muitos não aprendem pois não enxergam a lousa ou está com alguma doença não identificada pelos pais...
Leiam essa matéria do Dimenstein...

Bom exemplo contra a mediocridade

O tamanho do desastre educacional aparece num
pequeno teste que fiz com duas garotas de 12 anos de uma escola paulistana (Oswald de Andrade) --são duas alunas normais, que não se destacam como as melhores da classe. Sem aviso prévio, pedi que realizassem a prova de leitura submetida aos estudantes da rede municipal de São Paulo. Conseguiram ficar entre os 3% melhores da oitava série. Note: elas vêm da sexta série.
Se fôssemos comparar os alunos da oitava série da rede paulistana com os das demais capitais, eles estariam em segundo lugar, quase empatados em primeiro. Se eu tivesse que resumir o resultado desses testes, diria o seguinte: a imensa maioria tem dificuldades de entender o que lê. Mesmo os melhores colocados. Está óbvio que, diante dessa tragédia, serão necessárias medidas ousadas e corajosas. Uma delas está, nesta semana, em fase final de elaboração --e, se sair mesmo do papel, será um marco histórico.
A secretária estadual da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães, prepara-se para anunciar o pagamento de bônus aos servidores das escolas, do faxineiro ao diretor, a partir basicamente do desempenho dos alunos. Vai comprar uma briga e tanto com os sindicatos --é dúvida se, neste momento, terá o apoio dos maiores interessados, os pais e alunos.
Seria injusto culpar os professores por todas as mazelas do ensino. Há muito a ser feito em infra-estrutura, cursos de formação, material didático ou até mesmo cuidados com a saúde mental e física dos estudantes. Mas premiar o mérito tem se mostrado em várias partes do mundo como um dos recursos para avançar a educação pública. Nenhuma organização, seja ela qual for, consegue prosperar se os mais esforçados não forem reconhecidos. Só os medíocres podem ser contra a premiação do talento.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Você curte barulho?? Procure um Falcão ai no meio...

entrem neste link:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u369810.shtml

Pra quem gosta de decoração...

Vai ai uma dica pra quem curte decoração, vai seguir a carreira de design ou decorador ou sei la o que...

De 29 de fevereiro a 4 de março acontece a ABUP Show, uma grande feira que traz as novidades e tendências no segmento de decoração, utilidades e presentes. São produtos nacionais e importadas e a feira é restrita a lojistas e profissionais do ramo. Local: Centro de Convenções Frei CanecaEndereço: Rua Frei Caneca, 569 – 4º, 5º, 6º e 7º andares. Maiores informações pelo tel: 0/xx/11/3881-2287

Ronaldo sofre lesão e deixa campo chorando em empate


O atacante Ronaldo, do Milan, voltou a preocupar os seus fãs ao se lesionar durante o empate por 1 a 1 da equipe rubro-negra contra o Livorno, no Estádio San Siro, nesta quarta-feira, em jogo adiado da 16ª rodada do Campeonato Italiano.

O jogador, que havia entrado aos 12min do segundo tempo no lugar do italiano Gillardino, saiu dois minutos mais tarde após confusão na área com Vidigal, do Livorno, em cobrança de escanteio.

Ronaldo acabou prendendo o pé no chão e lesionou o joelho esquerdo. Chorando muito, o atacante saiu de campo de maca, sendo substituído pelo também brasileiro Serginho. Ele foi levado diretamente para um hospital em Milão, onde realizará exames para avaliar a gravidade da contusão.

-----

Após os primeiros exames realizados no atacante Ronaldo, no Hospital Galeazzi, em Milão, ficou constatada uma ruptura no tendão patelar do joelho esquerdo do jogador.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tem gente que não presta mesmo...

"A vida é muito difícil", diz Joanna Maranhão

A nadadora brasileira Joanna Maranhão, que afirmou ter sofrido abuso sexual de um treinador durante a sua infância, fez um apelo aos pais ausentes. De acordo com a atleta, a proximidade dos parentes evitaria histórias semelhantes a sua.

"Esta vida é muito difícil. Os pais têm que estar mais presentes, têm que ter uma relação mais aberta com os filhos", afirmou durante desembarque em Recife, sua cidade-natal.

Joanna disse que o abuso sexual só foi possível porque o seu técnico, o qual não teve seu nome divulgado, vivia grande parte do dia com ela. "Minha mãe trabalhava muito e era ele (o técnico) quem me levava para a escola, para os treinos", contou.

O caso, de acordo com a atleta, teve grande interferência em sua vida. "Isso afetou minha relação com o esporte, com a família, com o namoro e com o estudo. Era um sentimento reprimido, mas aos poucos tive que enfrentá-lo para seguir em frente", completou.

Vamos aí??? É Grátis!!

Sabado, dia 23...quem vamos???
(entrem no google imagens e ponham Abaporu...hauahahauaa!!! a primeira foto é engraçada vai!)







Pinacoteca mostra Tarsila Viajante
Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008 às 09h52
Tarsila do Amaral é uma das artistas que melhor representa a arte brasileira. Suas obras modernistas causaram polêmica nos anos 1920 e um de seus quadros, Abaporu, inspirou o Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, que comemora 80 anos. Com o passar do tempo, surgiram novas abordagens e reflexões sobre a obra da artista. Tarsila Viajante, mostra que abre dia 19 de janeiro na Pinacoteca do Estado, aborda a influência das viagens que a pintora realizou em seu trabalho. Estarão expostas 35 pinturas e 120 desenhos, incluindo Abaporu, A negra e Antropofagia.
Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, interior de São Paulo, em 1886. Entre 1920 e 1933, período mais significativo de sua produção, visitou diversas vezes a Europa, e conheceu também o Oriente Médio e a Rússia. Os intervalos dessas viagens passou numa fazenda no interior de São Paulo. Toda essa vivência influenciou diretamente na sua produção artística.
Tendo essas viagens como tema, a exposição foi divida em seis partes:
1. Anos de formação:
Em 1920, Tarsila leva a filha a um colégio interno em Londres. Em seguida, vai a Paris, matricula-se na tradicional Académie Julian e, logo depois, passa a freqüentar a academia de Emile Renard, de perfil mais livre. Durante esse período, viaja diversas vezes a Londres para visitar a filha, vai à Espanha (1921) e, antes de retornar ao Brasil, passa por Veneza. São dessa época as pinturas Grande Avenida, Vista do Hotel de Paris e Rua de Segóvia.
2. Ensaios modernistas: Quando regressa a São Paulo, em junho de 1922, Tarsila conhece os artistas e intelectuais que haviam participado da Semana de Arte Moderna, realizada no início do mesmo ano. A partir de então, aguça seu olhar para a arte moderna. Em dezembro de 1922, retorna a Paris e, no início de 1923, viaja a Portugal e Espanha em companhia de Oswald de Andrade. De volta à França, estuda com os mestres cubistas Lhote, Gleizes e Léger. Em meados de 1923, o casal passa pela Suíça e faz um tour pela Itália. No final do ano, voltam ao Brasil. São dessa época as pinturas Pont Neuf, de influência cubista, e Rio de Janeiro, vista estilizada da Baia de Guanabara, além de cadernos de registros e desenhos dos locais visitados.
3. O “descobrimento” do Brasil:
Em 1924, Tarsila passa o Carnaval no Rio de Janeiro, acompanhada pelo poeta franco-suíço Blaise Cendrars e por um grupo de modernistas paulistas. O mesmo grupo segue na Semana Santa para as cidades históricas de Minas Gerais, onde a pintora se encanta com as raízes coloniais brasileiras. Resulta dessas viagens uma série de pinturas, nas quais Tarsila registrou elementos das paisagens carioca e mineira: Carnaval em Madureira, E.F.C.B.,Morro da Favela, Palmeiras e O Mamoeiro. Além das paisagens e arquitetura barroca, tarsila interessou-se por elementos da cultura popular, que originaram pinturas como O Vendedor de Frutas, Feira I e Feira II, Anjos, Religião Brasileira e Romance. A capital paulista é tema das pinturas São Paulo (Gazo) e São Paulo, sendo esta uma estilização do Parque do Anhangabaú, no Centro da cidade.
4. Viagem ao Oriente Médio: No final de 1925, Tarsila retorna a Paris. Em janeiro de 1926, embarca com um grupo de amigos para uma viagem pelo Oriente Médio. Munida de caderninhos de anotações, registra diversas paisagens do Egito, Grécia, Chipre, Israel, Turquia e Líbano. A exposição Tarsila Viajante apresentará cerca de 20 desenhos inéditos que fazem parte desse conjunto.
5. Brasil mágico:
A busca de brasilidade iniciada em 1924 ganha outro viés a partir de 1928, quando Tarsila busca inspiração nas histórias de assombrações, lendas e superstições ouvidas na fazenda onde passou sua infância. Surgem então as “paisagens antropofágicas”, habitadas por seres fantásticos e vegetação exuberante. São dessa fase as pinturas Cartão-postal,Sol poente, O lago, A lua, Manacá, O sono, Antropofagia, Abaporu e A Negra, além de uma série de desenhos com o mesmo conteúdo.
6. Viagem à Rússia: Depois da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e a conseqüente crise do café, as luxuosas viagens de Tarsila chegam ao fim – assim como seu casamento com Oswald de Andrade. Em 1931, Tarsila vende alguns quadros de sua coleção particular para levantar recursos para uma viagem à União Soviética com seu novo companheiro, o psiquiatra Osório César. O casal viaja a Moscou, Leningrado e Odessa. Na volta à Paris, passa por Ialta, Sebastopol, Constantinopla, Belgrado e Berlim. Tarsila registra estas cidades em diversos desenhos, mas não produz quadros inspirados na paisagem russa. No entanto, as experiências vividas nesta viagem – e a convivência com Osório César – dão origem a pinturas com motivos sociais, entre as quais Operários e Segunda classe.
SERVIÇO
Tarsila Viajante
Em exposição até 16 de março de 2008.
Pinacoteca do Estado
Praça da Luz, 2 – Luz.
(11) 3229-9844. Terça a domingo, das 10h às 18h. R$ 4 e meia-entrada.
Grátis aos sábados.
Da Secretaria Estadual da Cultura

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Faculdade é a solução?

O que diz esta matéria não é apenas citado pelo Dimenstein, já ouvi outras pessoas (diretores e presidentes de empresas) afirmarem que não basta ter um monte de recém-formados, mas sem nenhuma especialização...
Mão-de-obra especializada é diferente de diploma superior...as oportunidades existem, mas sobram vagas pois não há qualificação para preencher...



Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada ontem, informa que inúmeros setores da economia estão desesperados à procura de mão-de-obra qualificada. Não estamos falando aqui de doutores, mas de qualificações simples.
A burrice ocorre, entre outros motivos, porque se dá mais atenção aos cursos superiores tradicionais, os quais, muitas vezes, são de péssima qualidade e cuja empregabilidade é baixíssima. Isso com estímulo oficial que dá bolsas a alunos mais pobres cursarem faculdades medíocres.
Para reduzir esse problema, bastaria conhecer as vocações econômicas locais e preparar mão-de-obra para elas, acrescentando ensino profissionalizante ao ensino regular. Tudo isso pode ser feito com a ajuda dos recursos de educação à distância. Nada disso é novidade e já temos, no Brasil, vários casos de sucesso.
É muito mais barato um curso superior para tecnólogo do que a graduação normal. Mas muitos jovens não sabem disso na hora de prestar o vestibular.
O melhor que se pode fazer pela inclusão de verdade dos jovens é ampliar a oferta de ensino profissionalizante, transformando as escolas de ensino médio numa porta de saída para o mercado de trabalho.

www.dimenstein.com.br

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Aboutrika marca e dá hexa ao Egito na Copa da África

Ahhh, vou postar aqui algumas noticias sobre esportes. Vai ver alguém se interessa.

"Melhor em campo diante de Camarões, neste domingo, o Egito chegou ao hexacampeonato da Copa da África ao bater o adversário por 1 a 0 na final da edição deste ano, disputada em Gana. Aboutraika, no segundo tempo, fez o gol do título.

Com isso, a seleção egípcia chega ao seu sexto título continental, sendo que a última edição do torneio também foi conquistada pela equipe. Já Camarões segue com quatro troféus ganhos em toda a sua história na Copa da África.

O primeiro tempo da decisão foi de domínio do Egito, que criou boas chances de gol, mas desperdiçou todas elas. Na melhor delas, aos 34min, Moteab recebeu o passe dentro da área e chutou forte, em cima do goleiro camaronês Kameni.

A etapa final também foi de domínio do Egito, mas os atuais campeões africanos voltaram a falhar em suas conclusões. Já Camarões, assim como no primeiro tempo, teve em Eto'o a sua alternativa para atacar, mas foi pouco para surpreender.

Desta forma, o título da Copa da África foi decidido em um lance inusitado, a favor do Egito. Aos 31min, Song falhou no campo de defesa e Zidan, depois de brigar pela bola, tocou para o meio da área. Livre, Aboutrika aproveitou e marcou."

Por: Terra Esportes

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Educação de Má Qualidade + Falta de oportunidade profissional =


O aumento da reincidência
Segundo o último Censo Prisional, dos 6,7 mil homens e mulheres que mensalmente deixam uma das 144 unidades prisionais do Estado de São Paulo, 3,9 mil voltam a cometer algum tipo de delito e retornam à cadeia para cumprir mais uma pena aplicada pela Justiça. A taxa de reincidência criminal no Estado é de 58%. A taxa média nacional supera 70%.Mesmo presos que recebem liberdade condicional por bom comportamento voltam a delinqüir. Os próprios reincidentes explicam seu comportamento como decorrência das dificuldades que enfrentam ao serem soltos. Eles se queixam do preconceito que os empregadores têm contra os egressos do sistema prisional e do fato de não terem recebido treinamento profissional na cadeia para poder encontrar trabalho com maior facilidade, após o cumprimento da pena. Laborterapia e ressocialização são os principais objetivos da legislação criminal. Quando foi sancionada, em 1984, a Lei de Execuções Penais foi recebida como um importante avanço por advogados, promotores e juízes, por substituir o caráter meramente repressivo do Código Penal de 1940 pela ênfase à formação e à capacitação profissional da população carcerária. Entre outras medidas voltadas para a ressocialização, a Lei de Execuções consagrou o chamado “tratamento individualizado”, conferindo aos presos o direito de cumprir a pena em celas individuais e de receber assistência social e psicológica, e instituiu o “princípio da remissão”, pelo qual os presos podem descontar um dia da pena a cada três dias trabalhados. Para que os apenados possam beneficiar-se desse direito, reduzindo o tempo da condenação e aprendendo uma ocupação, a lei determina que as penitenciárias construam fábricas-escola e ofereçam cursos profissionalizantes. É claro que se trata de uma legislação utópica.Evidentemente, a maioria dessas medidas ressocializadoras foi ignorada em todo o País. Mesmo em São Paulo, onde o governo estadual há muitos anos mantém a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso, com fábricas de móveis, confecções de uniformes escolares e material esportivo em várias prisões, os investimentos em atividades socioeducativas sempre ficaram muito aquém do necessário. Os governos estaduais, aos quais cabe a gestão do sistema prisional, alegam que não dispõem de recursos para a manutenção das unidades penais já existentes nem, muito menos, para erguer novas prisões e construir fábricas-escola. (O que dizer das celas individuais para todos os presos?) A construção de um presídio custa, em média, R$ 25 mil por vaga. E a manutenção de cada preso custa, em média, R$ 1 mil por mês aos cofres públicos. Por isso, a maioria dos Estados não consegue pôr em prática as medidas ressocializadoras da Lei de Execuções. Dispondo de 242 mil vagas, o sistema prisional acolhe mais de 401 mil presos. Para efeitos comparativos, em 1995 havia 148,7 mil presos para 68,5 mil vagas - um déficit de 80,1 mil vagas. Nos últimos 12 anos, o déficit quase dobrou, tendo chegado a quase 160 mil, entre 2006 e 2007. E, segundo o Ministério da Justiça, mantido o ritmo atual de condenações, a população encarcerada poderá chegar a 500 mil presos em 2008. Só no Estado de São Paulo, onde foram inaugurados vários presídios nos últimos dez anos, o déficit é superior a 41 mil vagas. Além disso, há cerca de 100 mil mandados de prisão expedidos pela Justiça e não cumpridos. A verdade é que, se fossem cumpridos, os Estados não teriam mais onde colocar tantos presos. O preocupante aumento dos índices de reincidência criminal, como se vê, é a conseqüência inevitável de um sistema prisional que entrou em colapso e de uma legislação penal dissociada da realidade socioeconômica.Infelizmente, nem o diagnóstico nem o receituário para esse problema, que só agrava a crise da segurança pública, são novos. É preciso modernizar a legislação penal, construir presídios em número suficiente e ampliar a aplicação de penas alternativas. Mas, para tanto, é preciso que o Executivo, o Legislativo e o Judiciário tenham determinação política e mais capacidade de articulação.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

E nós também melhoramos

Para aqueles críticos e pessimistas...


São Paulo cai 310 posições no mapa das cidades com mais assassinatos

Em dois anos, São Paulo melhorou 310 posições na lista das 560 cidades com maior número de assassinatos do País, conforme a segunda edição do Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, divulgada ontem pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, em Brasília. No primeiro mapa, que saiu no ano passado, a capital ocupava a 182ª posição, com taxa média de 48,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. No novo estudo, caiu para o 492º lugar, com taxa de 31,1 por 100 mil.
Em 2006, último ano usado como base para o segundo mapa, foram assassinadas em São Paulo 2.546 pessoas. É como se toda a população de um pequeno município, como Torre de Pedra (SP), tivesse sumido em 12 meses. Ainda assim, é quase a metade das 5.575 mortes de 2002. Um dos motivos para isso é o Estatuto do Desarmamento. Da sua adoção, em 2003, até 2006 houve redução de 8,5% nos assassinatos no Brasil - de 51.043 mortes para 46.660.
“A queda da mortalidade em São Paulo começou em 1999. Houve melhorias do aparato policial, mas, principalmente, uma reação da sociedade civil, com a criação dos Institutos Sou da Paz e São Paulo Contra a Violência”, disse o coordenador da equipe que preparou o mapa, Julio Jacobo Waiselfisz. Ele usou nos rankings a média de mortes ocorridas ao longo de três anos: o primeiro mapa utilizou o período de 2002 a 2004 e, o segundo, os dados de 2004 a 2006.
Mas as quedas nos índices de homicídio não parecem passar uma sensação maior de segurança para a população. O coordenador de Análise e Planejamento da Secretaria de Segurança, Túlio Kahn, acha que isso decorre das características dos assassinatos em São Paulo. “Os homicídios estão concentrados nas periferias. Nesses locais, as pessoas percebem a queda.”
Kahn afirmou que a classe média e moradores das regiões centrais são mais sensíveis a crimes contra patrimônio. Num balanço a ser divulgado amanhã, a secretaria vai apontar queda de 50% nos roubos de carro em 2007, mas outros tipos de roubo cresceram em relação a 2006. “Fora a questão dos roubos, quando há grandes ocorrências, como os ataques do PCC ou a morte do comandante da PM na zona norte, tudo vai por água abaixo”, disse, referindo-se ao impacto na opinião pública da onda de atentados do crime organizado em 2006 e da execução do coronel José Hermínio Rodrigues, no dia 16.
Compreender as causas da redução dos homicídios, no entanto, continua sendo um desafio. A secretaria afirmou que o número de prisões triplicou e houve melhoria na gestão das polícias e diminuição das armas em circulação, reflexo do estatuto.
A antropóloga Paula Miraglia, diretora-executiva do Instituto Latino Americano das Nações Unidas (Ilanud), disse que já ouviu diversas análises para a queda nos assassinatos. “Desde o aumento da eficiência do Departamento de Homicídios, passando pela redução da circulação de armas, aumento das prisões, conversões religiosas, hip-hop etc. Todas ajudam a compreender um fenômeno extremamente complexo.”
Os dados do Mapa da Violência são tirados de uma base do Ministério da Saúde, coletada desde 1979, que inclui causa da morte, local, sexo e idade das vítimas. O governo do Estado usa outro critério.
O Estado de S. PauloLisandra Paraguassú e Bruno Paes Manso

E o milagre paulistano?

Achei duas materias interessantes...uma complementando a outra...
primeiro vou postar a do Gilberto Dimenstein... e depois sobre a São Paulo que foi noticiada no Estado.com.br

07/01/2008
O milagre de Nova York
Minha passagem de ano em Nova York teve um gosto de história. Durante a contagem regressiva para 2008, prestava atenção nos boletins das delegacias de polícia para saber se, em 2007, eu seria testemunha de uma estatística inusitada: o registro oficial mais baixo de assassinatos na cidade.
Em 1963, ou seja, há 44 anos, Nova York teve 500 assassinatos, o menor índice oficial disponível. O ano de 2007 conseguiu ser melhor: 494 casos. É algo que, até pouco tempo atrás, quase ninguém, para não dizer ninguém, imaginaria ser possível.
É uma das mais interessantes obras de engenharia comunitária da atualidade e deveria ser estudada por todos os candidatos a prefeito das grandes cidades brasileiras, especialmente das regiões metropolitanas.
O milagre de Nova York (detalhado melhor em minha coluna no
www.dimenstein.com.br) se deve, em larga medida, a um compromisso das elites com a cidade e habilidade de gestão nas mais diversas áreas, a começar da segurança indo até a proteção aos jovens em situação de risco e o desenvolvimento de vocação econômica nos bairros mais pobres. Não conheço em nenhuma cidade desse porte um prefeito que tenha atrelado tão profundamente seu prestígio ao desempenho dos alunos e nem que tenha obtido tantos aliados para melhorar o nível das escolas.
A lição de Nova York deveria servir como antídoto aos políticos brasileiros que fazem da eleição municipal apenas um trampolim para outros projetos. E, mais, não entendem que o melhor que se pode fazer pela comunidade é torná-la mais educada.