quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Os problemas são das máquinas...

Eis a discussão: LEGALIZAR X NÃO LEGALIZAR
O sucesso Tropa de Elite reacendeu a polêmica sobre a legalização. Os usuários de drogas são criticados por financiarem a violência, aumento dos homicídios, problemas sociais etc...
Alguns meses atrás o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) deu uma entrevista na Band defendendo seu ponto de vista, a da legalização. Entretanto ele ressaltou que diversas medidas deveriam ser tomadas antes que o governo liberasse a maconha, entre elas a melhores condições para a polícia para que eles pudessem exercer uma repreensão mais severa.
Claro que nos EUA, assim como na Holanda essa discussão está muito mais evoluida, e as condições desses países para fiscalizar são diferentes da nossa realidade. Tanto que a preocupação foi o impacto que essas máquinas iriam causar nas vendas das farmácias!! Leiam a reportagem abaixo:


O emprego e a máquina de vender maconha

Até ontem não tinha imaginado a possibilidade de uma máquina vender remédios de tarja preta como antidepressivos muito menos uma que vendesse publicamente maconha.
É o que começou a ocorrer, nesta semana, em Los Angeles, nos Estados Unidos, quando se poderão comprar os remédios numa dessas máquinas parecidas com as que vendem refrigerantes. Mas o que me chamou, de fato, a atenção não foi a novidade para a saúde pública, mas como essa máquina é mais uma daquelas invenções que estimulam a reinvenção do emprego.
A notícia ganhou destaque, claro, por causa da maconha; em algumas cidades americanas é permitido vender maconha para fins terapêuticos, destinado a pacientes com o vírus da AIDS e com câncer, em busca de estímulos para aumentar o apetite.
Para adquirir os remédios de tarja preta (assim como a maconha), o paciente deixa sua digital registrada numa central e ganha uma senha --e, periodicamente, seriam feitas auditorias para prevenir fraudes. Para um país tão rígido com a venda de remédios, tal procedimento não seria aprovado sem garantias de segurança.
Isso vai significar, certamente, menos pessoas empregadas numa farmácia; afinal, o custo da venda é muito menor com a máquina; ou seja, o estabelecimento terá de se reinventar para sobreviver.
Mas, por outro lado, como sempre ocorre com as inovações tecnológicas, todo um novo ramo profissional irá se abrir, demandando mais especialidades digitais, exigindo trabalhadores ainda mais qualificados. É por isso, e só por isso, que educar significa preparar os estudantes para se reciclarem o resto de suas vidas.
Coluna originalmente publicada na Folha Online.

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