quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Plano Infalível

Essa semana eu tive aula com um psicólogo, e não sei por quê a aula chegou no tema educação para crianças....
Segundo ele, as crianças começam a ser alfabetizadas com 5 anos...mas se podem chegar até 7 sem ler e escrever ainda...
Após essa idade, os pais e educadores espantam-se caso essas crianças não tenham aprendido..."será que é retardado?" ou "é burrinho mesmo...puxou o pai...". Mas segundo este professor, este filhote de gente tem algum bloqueio no aprendizado, normalmente causado por problemas em casa.
A prefeitura de SP iniciou um projeto que leva médicos (oftalmos, dentistas etc) para dentro das escolas, pois muitos não aprendem pois não enxergam a lousa ou está com alguma doença não identificada pelos pais...
Leiam essa matéria do Dimenstein...

Bom exemplo contra a mediocridade

O tamanho do desastre educacional aparece num
pequeno teste que fiz com duas garotas de 12 anos de uma escola paulistana (Oswald de Andrade) --são duas alunas normais, que não se destacam como as melhores da classe. Sem aviso prévio, pedi que realizassem a prova de leitura submetida aos estudantes da rede municipal de São Paulo. Conseguiram ficar entre os 3% melhores da oitava série. Note: elas vêm da sexta série.
Se fôssemos comparar os alunos da oitava série da rede paulistana com os das demais capitais, eles estariam em segundo lugar, quase empatados em primeiro. Se eu tivesse que resumir o resultado desses testes, diria o seguinte: a imensa maioria tem dificuldades de entender o que lê. Mesmo os melhores colocados. Está óbvio que, diante dessa tragédia, serão necessárias medidas ousadas e corajosas. Uma delas está, nesta semana, em fase final de elaboração --e, se sair mesmo do papel, será um marco histórico.
A secretária estadual da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães, prepara-se para anunciar o pagamento de bônus aos servidores das escolas, do faxineiro ao diretor, a partir basicamente do desempenho dos alunos. Vai comprar uma briga e tanto com os sindicatos --é dúvida se, neste momento, terá o apoio dos maiores interessados, os pais e alunos.
Seria injusto culpar os professores por todas as mazelas do ensino. Há muito a ser feito em infra-estrutura, cursos de formação, material didático ou até mesmo cuidados com a saúde mental e física dos estudantes. Mas premiar o mérito tem se mostrado em várias partes do mundo como um dos recursos para avançar a educação pública. Nenhuma organização, seja ela qual for, consegue prosperar se os mais esforçados não forem reconhecidos. Só os medíocres podem ser contra a premiação do talento.

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